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Projeto trata dependentes de crack com café e limão em SP

Falta algo no nosso organismo. Muitas vezes não temos consciência do que é que está faltando, mas às vezes a lembrança é tão forte que a gente chega a sentir o gosto da droga. E o café tira o gosto de qualquer coisa ingerida.” O relato é de Maurício Augusto Pacheco, 35 anos, que largou […]

  • 31/07/2015 • 09:07

Falta algo no nosso organismo. Muitas vezes não temos consciência do que é que está faltando, mas às vezes a lembrança é tão forte que a gente chega a sentir o gosto da droga. E o café tira o gosto de qualquer coisa ingerida.”

O relato é de Maurício Augusto Pacheco, 35 anos, que largou o último semestre da faculdade de Direito quando conheceu o crack, sete anos atrás. “Foi um trago e amor à primeira vista”, conta. Há cinco meses sem usar drogas, Pacheco hoje luta contra o vício com a ajuda dos voluntários do projeto Crack Zero, que usa um método pouco convencional para tratar os dependentes químicos: café e limão.

Segundo Luciano Celestino da Silva, 39 anos, criador do projeto, o café tem a função de limpar o organismo; já o limão reduz os efeitos da abstinência. “Não é remédio, isso está bem claro. O limão não cura. Mas ele causa um impacto direto no vício, na crise de abstinência”, diz Silva, que também é líder comunitário em Heliópolis (zona sul).

Foto: Wagner Machado / Terra

Foto: Wagner Machado / Terra

Adriano José de Lima Silva, 33 anos, consente. “A abstinência bate, e quando bate a gente começa a ficar nervoso. Então a gente toma um pouco de limão e já acalma os nervos, começa a caminhar de novo”, diz ele, que entrou no projeto há três meses e, desde então, está “limpo”. Antes disso, morava com a mulher e a filha pequena em uma Kombi, usando “todo tipo de droga todos os dias”.

De acordo com a psiquiatra Camila Magalhães Silveira, pesquisadora do Programa de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), não há estudos científicos a respeito do uso de café e limão no tratamento da dependência química. Ela diz, contudo, que a ressocialização é fundamental no combate ao vício em crack.

Fonte: Terra

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